Olá pessoal,
É com muita satisfação que publico este texto...
Esperei meses para que esse relato fosse escrito, mas sabe como é a vida de universitário, ainda mais de acadêmicos dos cursos de Medicina...
O relata abaixo é de uma pessoa que admiro muito e com o qual tive o prazer de viver alguns capítulos da minha existência. Oximando (chamo ele de Ox para economizar mas, geral conhece ele como Júnior, ou Oximando mesmo), esse é o cara...
(Dayane, Ox e Eu - UTFPR - Ponta Grossa - Paraná)
(Eu, Dayane, Raphael e Ox - Feira das Profissões - Catalão)
Meu blablablá termina aqui! O restante o Ox que teceu... Se deliciem com esse texto maravilhoso!
QUANDO EU PASSEI PRA MEDICINA E UM POUCO ANTES...
Eu nem sempre quis ser médico.
Quando criança não me fantasiava de um, nem ganhei presentinhos que
caracterizam a profissão. A memória mais antiga que tenho quanto à minha futura
profissão era a de ser professor. Ah! O conhecimento sempre me envolveu e me
interessou, então o ambiente escolar me fascinava. E você, leitor, que leu este
texto até aqui vais se perguntar: o que isso tem a ver com a trajetória do cara
em ser médico? Eu te respondo: tudo!
O fator decisivo que me inspirou a
escolher a profissão de ser médico foi justamento o desejo por saber mais, em
aprender mais sobre o corpo, além daquilo que a Biologia já havia me mostrado.
Sim, porque antes de chegar aqui eu fiz Licenciatura em Ciências Biológicas.
Primeiro porque, como disse, queria ser professor; segundo porque amava estudar
e o pré-requisito para ser médico é este, gostar de estudar; e terceiro porque
meus pais não tinham dinheiro pra bancar um cursinho especializado nesses
pavorosos (pra não dizer desumanos) vestibulares e precisava de uma profissão
para isto. Até agora transcorreu tudo bem. Me formei, passei em um concurso
público, consegui trabalho onde podia conciliar serviço e estudos que me
preparassem para os vestibulares e ENEM (e foram muitos, mas muitos mesmo).
Meu pai me disse uma vez lá no
ensino médio pra eu ser médico. Mas nem liguei. Não era o que eu queria na
época. Foi no meio da graduação em Biologia que me veio o “bum!” de fazer
Medicina.
Mas veja bem... Até agora mencionei
o fato que me inspirou. O mais importante vem agora, o que motivou.
Vão me achar egoísta pelo o que vou
dizer, mas poucas pessoas vão passar pelo o que eu passei ou vão sentir o que
eu senti. Explico. Não que eu seja melhor que ninguém, mas porque foram quatro
longínquos anos de luta que resultaram numa felicidade astronômica que senti
quando meus pais me abraçaram quando passei. É ímpar. Me arrepio e choro toda
vez que lembro. Fez tudo valer a pena. Foi por eles, minha família, que entrei
nessa, que continuei, que errei, que persisti, que fui chamado de louco e
obcecado. Imaginem só: o que uma família de trabalhadores rurais e braçais, que
queimam a cara no sol todos os dias espera de um rapaz que quer ser médico?
Esperam tudo. Depositam toda a esperança em você. Eu seria o pior dos covardes
se desistisse.
Sempre que ia pra Goiânia ou
Brasília ou Minas Gerais ou São Paulo prestar vestibular ou ali mesmo em
Catalão fazer o ENEM eles, minha família, meus parentes, me ligavam ou mandavam
mensagens que diziam que era pra eu ir com Deus, que Ele ia me guiar, me
iluminar, que faria uma boa prova e que no final tudo ia dar certo. Ah! Essa fé
numa promessa de Deus pra minha vida acabou virando uma promessa na vida deles
também. Entendem agora?!
Foi assim que o filho de uma mãe
empregada doméstica, de um pai que trabalha numa fábrica de tijolos, sobrinho
de Marias, Joãos, Josés que sempre trabalhavam lapidando a terra em plantações
e ordenhando gado virou médico. Um sonho tão meu e tão nosso, tão grande que mudou
a história de uma geração de uma família inteira. Resumindo é isso. A fé, a
família, o desejo em poder ajudar a sociedade com meu aprendizado, com meus
estudos, me motivaram e me inspiraram até aqui. E continua, porque uma vez que
se está lá dentro de uma universidade Federal fazendo Medicina você descobre
que vestibular e ENEM é fichinha comparado com os próximos seis anos.
Espero que esta história sirva, não
de exemplo porque não o sou pra ninguém, mas de apoio, de coragem, de
determinação naquilo que vocês almejam na vida. Seja fazer Medicina ou Direito
ou Engenharia ou um curso técnico ou não seguir com estudos ou montar um
negócio. Mas tenham coragem, fé e ousadia pra dizer que conseguem. A hora é
agora galera. Agarrem as oportunidades como se fossem a última (o que não vai
ser porque aprendi que quando a gente quer algo de verdade, a gente sempre
encontra um meio de que esta tal oportunidade retorne). E, não se ajuda muito
(à mim sim), mas quando o desânimo batia pra estudar eu ouvia uma música chamada
“Clube da Esquina II” do Milton Nascimento, mas quem canta é o Flávio Venturini
onde tem duas estrofes que ajudavam muito: “Porque se chamava moço/ Também se
chamava estrada/.../ Nem lembra se olhou pra trás/ Ao primeiro passo aço, aço,
aço...” e “Porque se chamava homem/ Também se chamavam sonhos/ E sonhos não
envelhecem”.
Ah! Antes que me esqueça, se precisarem de uma
forcinha, dicas, material pra estudos, entrem em contato comigo. Passo tudo.
Ainda os tenho.
By Oximando Gonçalves Júnior
Amei o texto do Ox!
Espero que sirva de motivação para todos quantos lerem esse texto!
E que todos vocês sejam contaminados por este vírus da motivação, do entusiasmo, da força de vontade e principalmente da fé em Deus!
Francielle Pajola