terça-feira, 12 de agosto de 2014

Morar sozinho: quando o muito vira pouco

Para quem quiser ler...

Hoje estou com vontade de falar sobre algo que não tem muito a ver com a biologia... Sei lá! Só uma reflexão minha, que quero compartilhar e, ninguém precisa concordar. Então, vamos lá, o assunto é: morar sozinho!
Eu já morei sozinha! Foram dois anos e meio de experiência. Eu afirmo com toda convicção que foi uma experiência muito boa, afinal eu podia fazer tantas coisas legais, tipo tomar banho com a porta aberta e melhor, a hora que quiser e por quanto tempo quiser. Aliás, eu também gostava de .... bom, digamos que eu me enquadro nas colocações deste gráfico:


Eu sou um tipo de pessoa que detesto que mexam nas minhas coisas, tanto é que nem ligo muito pelo fato de não ter irmãs, afinal meus irmãos não costumam fuçar meu quarto e, quando fui morar sozinha ficou bem melhor, porque não tinha exatamente ninguém para mudar as coisas do lugar. Eu sou meio esquisita, do tipo que se tirarem um garfo do lugar eu não acho mais nada na casa. Sempre digo que cada pessoa tem sua bagunça própria.

Naquela época minha vida se resumia em acordar 7hs15min, tomar um banho de 12min e estar na faculdade 7hs30min... Mentira, eu acordava 6hs30min. Mas, minha rotina era cansativa, porque eu sempre fui muito dedicada nos meus estudos, então eu gastava muitas horas me organizando, estudando, lendo e a toa no antigo MSN conversando com a galera. Tipo assim, meu computador ficava ligado 25hs por dia, e eu só estava com status de "ocupada" quando estava na faculdade.

O bom disso tudo? Não tinha ninguém para mandar desligar computador, tomar banho, mexer nas suas coisas e blábláblá... Mas, também não tinha ninguém para lavar a louça, limpar a casa ou preparar as refeições - acho que foi por isso que fiquei com anemia.
Só que naquela época, embora eu não tivesse ninguém para realizar os serviços domésticos, eu tinha alguém para pagar todas as minhas contas e fazer toda a despesa da minha casa. Tinha dias que eu chegava em casa e encontrava uma grande bagunça e o chão da casa todo sujo - não enxergavam o tapete que eu colocava na porta - mas, em compensação a geladeira e a mesa estavam fartas de mantimentos e produtos de limpeza e higiene. 

A bolsa que eu ganhava na faculdade ficava quase toda na minha conta, tanto é que tive dinheiro suficiente para pagar metade da minha cirurgia de correção de miopia - o restante foi patrocinada por meus pais.
Mas, hoje, quando penso em morar sozinha, não sei teria coragem. Não com o salário que eu ganho. Assim, eu acho que conseguiria me policiar, administrar o meu "grande minúsculo" salário e ter uma vida mais ou menos. Digo isso porque tenho consciência dos gastos advindos na vida de quem mora sozinho.
As vezes, você está morando com seus pais, que pagam água, energia, as vezes até sua conta de telefone celular, tem internet de graça, comida na hora certa, roupas sempre limpas e passadas, e mesmo que sua mãe não cozinhe ou lave para você, ainda tem fogão, panelas e mantimentos para serem preparados, bem como detergente em pó, amaciante e máquina de lavar ou "tanquinho" para você lavar suas roupas. Enfim, sua grana sobra toda.
Então, você acha que está podendo porque ganha um bom salário, tão bom que você pode emprestar sem cobrar juros ou sem expectativas de receber - nem tanto! Mas, quando se coloca na ponta da caneta, as coisas mudam de cena.
É óbvio que você pode muito bem ir morar sozinho, passar uma vida de cão e conseguir sua independência, e conseguir caminhar com suas próprias pernas e blábláblá... Mas, se todos conseguissem administrar seu dinheiro, reduzindo nas compras supérfluas, fazendo uns regimes forçados, enfim, talvez desse certo, sem que fosse preciso passar dificuldades.
Mas, tem muita gente que não pensa antes nos obstáculos e dificuldades, só se lembra da privacidade total, das festas que poderão acontecer na sua casa e na mordomia de fazer o que quiser, hora que quiser, quando quiser e com quem quiser. 
É aqui, que aquele salário que parecia enorme fica mais pequeno que grão de mostarda partido em quatro partes. Nossa, essa foi profunda!

Podem falar o que quiser, sou do tipo familiar mesmo. Porque eu tenho os melhores pais e irmãos, e cunhadas e sobrinha do mundo. E, embora eu já tenha pensado nessa ideia de morar sozinha, eu sempre me lembro que, eu não estou precisando disso por enquanto, que minha família é única e que se eu ficar doente, minha mãe vai cuidar de mim!

Bom, "só penso"!
Se você teve paciência de ler até aqui...
...poste um comentário referente à sua concepção!
Francielle Pajola









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2 comentários:

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