quinta-feira, 30 de maio de 2013

Lesma rosa, que show!

Olá queridos leitores,
É com muita satisfação que escrevo esta postagem para vocês. Depois de tantos dias, enfim tive um tempo para voltar ao blog!
Hoje quero falar das "Lesmas Rosas". Isso mesmo, elas são rosas, e fluorescentes ainda!

Além de rosa fluorescente, a lesma chega a medir 20 cm de comprimento Foto: AFP

Para ser sincera, se para ser bióloga eu precisasse gostar de lesma, eu teria desistido do meu curso! Mas, confesso que esta ai me chamou atenção!
Pela cor - muito Paty! - vocês podem ver que não é uma lesma qualquer!
Além da cor exótica, medem nada mais nada menos que 20 centímetros de comprimento e, ainda por cima, são carnívoras, comendo outras lesmas, musgos e fungos inocentes! As "danadinhas" ficam escondidas durante o dia e saem a noite para caçar!
Cientificamente são chamadas de Triboniophorus graeffi, residem no Monte Kapular, no estado de Nova Gales do Sul, na Austrália! 
Dizem que, o lugar que vivem já foi uma linda floresta úmida, mas a erupção de um vulcão - há 17 milhões de anos atrás - detonou toda a vegetação e alguns animais que ali viviam, ficando os sobreviventes isolados por longo período. 
Espero um dia poder ir visitá-las! Mesmo não sendo fã desses moluscos, esses eu gostaria de ver ao vivo!

E vocês? O que acharam?
Um grande abraço,


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Algas na produção de biodiesel? Sim! Vejam as vantangens!

Boa tarde caros leitores,
Venho por meio desta postagem falar um pouco sobre uma inovação: produção de biodiesel a partir de algas. 


É isso mesmo pessoal! Obter biodiesel por meio do processamento de algas. Mas, são as algas microscópicas (só coloquei a foto de algas macroscópicas acima para vocês lembrarem o que é uma alga!).
Então, estas aí são as algas microscópicas (vistas no microscópio, obviamente):


Para quem não sabe, biodiesel é o nome dado à todo combustível que não leva derivados de petróleo ou quaisquer outros combustíveis fósseis em sua composição.
Trata-se de um combustível alternativo que garante um ambiente menos poluído por não conter em sua composição o terrível enxofre, substância altamente poluente!
O biodiesel pode ser extraído de inúmeros vegetais, dentre eles podemos citar:


O DENDÊ

O ALGODÃO

A SOJA

O GIRASSOL


A MAMONA


Porém, para produzir biodiesel a partir de óleo dos vegetais acima destacados, é preciso de espaço para cultivá-los, e é claro que o espaço escolhido é justamente aquele que poderia ser plantado outro vegetal que serve como alimento, tais como arroz, milho, feijão, etc e tal!
Mas, as algas microscópicas não! Elas são bem mais light! Podemos até enumerar as vantagens de sua produção. 
Então, vamos lá!
Primeiro, as algas não vão competir com a produção de alimentos.
Segundo, elas absorvem o CO2 do ar e disponibilizam O2 para a atmosfera.
Terceiro, elas podem ser plantadas até mesmo com os dejetos resultantes de esgotos domésticos ou industriais - não requerem água fresca.
Agora me digam, só com essas três vantagens, não é lindo isto?
Isso porque eu nem contei que estas algas ainda utilizam o dióxido de nitrogênio na fotossíntese, e essa substância é altamente poluente!
Além do mais, estudos sugerem que a produção de biodiesel pode render 30 vezes mais óleo do que o obtido por meio dos cultivos tradicionais.

Vejam o "resuminho": das algas ao biodiesel


Espero que tenham gostado da matéria.
Qualquer novidade sobre o assunto,
considerações pertinentes,
curiosidades,
comente aqui!
Um abração!


domingo, 19 de maio de 2013

Fasceíte necrosante: infecção de pele e músculo por bactérias

Bom dia caros leitores,
Dei uma sumidinha básica esses dias mas, não pensem que foi por vontade própria. Estive doente - de novo - aliás, ainda estou, mas hoje ao menos estou conseguindo ficar em pé, as dores estão mais brandas, meus olhos não estão vermelhos, nada inchado. Ufa!
Pois bem, não estou aqui para falar do meu estado de saúde mas, para fazer algumas considerações sobre a "Fasceíte necrosante". Trabalhei a respeito dessa doença com alguns alunos de 2º ano no módulo de microbiologia entretanto, o assunto foi passado bem rapidamente e exposto por meio de uma única reportagem.
Porém, observando os jornais e sites de notícias diariamente tenho observado novos casos sobre essa doença, e resolvi fazer essa postagem para informar e alertar todos vocês. E, desde já peço que vocês disseminem essas informações. Afinal, não é uma doença interessante!
Vamos lá!
As fasceítes necrosantes são infecções causadas na pele e músculo do ser humano, por espécies variadas de bactérias, tais como Streptococcus pyogenes, Aeromonas hydrophila e outras bactérias em conjunto, ou por superbactérias. 

Streptococcus pyogenes

Essas bactérias são conhecidas como "bactérias devoradoras de carne". Elas são bem comuns no ambiente, e raramente infectam o ser humano, mas quando o fazem, na maioria das vezes é fatal, trazendo muitos prejuízos para a vítima caso esta não seja tratada rapidamente com antibióticos adequados. Vale ressaltar que nem sempre os profissionais estão inteirados do assunto!
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças estima que a cada 750 casos, cinco vem a óbito.
E olhem, vou falar para vocês, contrair essa doença é daqui para ali. Basta você ter um "cortezinho" bobo e entrar em contato com as bactérias. Elas entram naquela lesão e fazem a festa!


E, não se enganem pensando que as bactérias vão ficar só na região do corte não, viu? Elas gostam é de carne fresca! Atacam primordialmente o tecido saudável! 
Mas, como fazem isso?
Bom, elas precisam de nutrientes, e retiram estes das células do organismo hospedeiro. Elas secretam toxinas, supe antígenos que estimula a resposta imunológica no organismo do paciente, então haverá uma grande infecção no local.
Vale ressaltar que pessoas com sistema imunológico mais debilitados vão sofrer mais, porque as bactérias vão se disseminar mais facilmente e consequentemente vão abrir espaço para outras bactérias atacarem. Logo, casos como estes são comuns em hospitais.
Gente, pasmem! Eu disse que tratar com antibióticos ajuda, não é? Mas, infelizmente em alguns casos a necrose se espalha tão rapidamente que é preciso amputar partes do corpo da pessoa.

Esta é Kate White, tem 32 anos e quase morreu por causa da fasceíte necrosante. Os médicos que cuidaram dela ficaram quatro dias cortando carne do braço dela tentando impedir a progressão da doença.
Com certeza, ela terá dificuldade para continuar com sua carreira de tenista!

Britânico contraiu uma doença conhecida como "fasceíte necrosante" Foto: BBCBrasil.com
Este é Steven Holzman, e também sofreu bastante com a doença. De primeira mão, iniciou um tratamento por conta própria para pé-de-atleta (doença causada por fungos), trabalhava de pedreiro, com os pés sempre úmidos, a doença pioneira progredindo e acabou contraindo as bactérias e quase perdeu sua perna.

Aimée Copeland, 26 anos, contraiu a bactéria através de um corte acidental Foto: AP
Essa é Andy Copeland, tem 26 anos e também contraiu a doença. Só que com ela, as coisas não foram tão fáceis. Essa jovem cheia de saúde que você vê na foto acima não está mais assim. Com a doença, ela perdeu as mãos, um pé e uma perna.



O caso de Amy comoveu muitos. Ela conseguiu próteses que substituem os membros perdidos. Mas, nenhuma tecnologia poderá se comparar aos membros que ela perdeu.

Pesquisem por ai, vejam outros casos. Vocês vão se surpreender! E eu nem me atrevo a falar!

Tomem as medidas necessárias! Tenha uma alimentação saudável, para consequentemente terem um sistema imunológico bom! 
Quando se ferirem, não importe o tamanho da lesão, cuide dela, não tenha medo da agulha na hora de dar pontos, use os medicamentos corretos.



 Ame e cuide da sua vida! Você só tem uma!

Espero que vocês tenham gostado e aprendido algo com minha postagem.
Não deixe de comentar! 
Seu comentário é precioso. 
É uma marca, 
um sinal que você está buscando conhecimentos, 
além de contribuir na construção do blog.
Um abraço,

quinta-feira, 16 de maio de 2013

"Não contém glúten". E daí?

Boa noite, caros leitores!
Hoje gostaria de falar um pouco para vocês sobre o "glúten"! 
Tenho certeza que muitos de vocês já viram a frase "Não contém glúten" estampada em diversos produtos alimentícios mas, creio que poucos sabem o que é isso, para que serve e para que não serve.
Então, embarquemos nessa onda, e conheçamos um pouco mais sobre essa proteína!


Isso mesmo, o glúten é uma proteína! Comumente encontramo-a no trigo, no centeio, na cevada, na aveia e em outros produtos. Ou seja, estamos diariamente ingerindo delícias que contém em sua composição a tal proteína.


Porém, o que poucos sabem é que o glúten pode gerar riscos à nossa saúde, uma vez que gruda nas paredes intestinais, provocando à longo prazo aumento da gordura abdominal, saturação do aparelho digestivo, alergias, dores nas articulações e até mesmo depressão.
Além do mais, existem pessoas que já nascem com intolerância ao glúten. Alguns não podem nem encostar que já apresentam processo alérgico, outros que apresentam a doença celíaca não podem ingerir o glúten de forma alguma, pois esta proteína ataca o sistema imunológico afetando especificamente o intestino delgado.
Acho que ficou evidente que o glúten engorda, não é? Então, siga a moda das academias e evite glúten.

Bom, agora entra a famosa frase "não contém glúten" estampada em diversas embalagens. 
Visando contribuir com a saúde das pessoas com intolerância à proteína, as empresas tem buscado a cada dia retirar essa substância da composição dos alimentos.
E para mostrar que o produto está livre da proteína estampam a frase na embalagem. 
Então, agora quando você ver essa frase, já sabe: o produto não tem a proteína que gera a doença celíaca, e engorda, e causa alergia à longo prazo, e da qual algumas pessoas tem alergia!

Espero que tenham aprendido algo,
Grande Abraço,

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Flor-cadáver, uma espécie diferenciada!

Boa noite caros leitores,
Por meio desta postagem, quero mostrar para vocês a existência de uma espécie bem diferente de angiosperma. Trata-se de um vegetal cuja flor exala por suas glândulas odoríferas, um "cheirinho" nada agradável!
Boa Leitura!

Titan Arum - Flor Cadáver (Amorphophallus titanum)

Como vocês podem ver, ela até que é elegante. Seu nome científico é Amorphophallus titanum, pode atingir até três metros de altura - quando está em flor esse tamanho pode dobrar -, sendo portanto a maior flor do mundo! E pasmem, pode pesar até 75kg!
Aliás, ela é mais que uma flor, é uma inflorescência. Para quem não sabe, inflorescência é um conjunto de flores! No caso da Flor-cadáver, as flores estão compactadas numa única estrutura.
Quem a descobriu foi Odoardo Beccari, um botânico italiano. Essa planta é endêmica das florestas tropicais localizadas na ilha de Sumatra (oeste da Indonésia). 
E, é claro que jardins botânicos e privados de todo o mundo plantam esse vegetal para atrair visitantes, no Brasil, já ouvi dizer que tem-se exemplares em Minas Gerais e São Paulo!
Dizem que seu nome popular, Flor-cadáver, se deve ao seu odor, que é bem parecido ao de um animal em decomposição. 
É claro que nós não gostamos de estar próximos à um animal em decomposição, exalando aquele terrível mal cheiro mas, moscas e besouros não pensam como nós, ou não sentem como nós! Por isso, estes insetinhos são os responsáveis por promover a polinização da Flor-cadáver.




A Flor-cadáver pode crescer mais de 15 centímetros por dia! Muito, não é? 
E mais, vive aproximadamente 40 anos. 
Porém, só floresce duas a três vezes e dura no máximo 72 horas! 
Isso significa que leva anos para vermos uma flor dessa em um mesmo indivíduo!
E, se disserem que floresceu, corram, antes que seja tarde e você não a veja aberta para sentir aquele "cheirinho"!

Bom, por hora é só! 
Espero que tenham gostado da matéria!
Um super abraço,


sábado, 11 de maio de 2013

Reflexão - Consequências do Buraco na Camada de Ozônio para o Planeta


Olá caros leitores,
Há poucas semanas trabalhei com meus alunos os ciclos biogeoquímicos, e aproveitando fiz um gancho com as consequências das ações antrópicas para o Planeta, destacando a intensificação do efeito estufa e as problemáticas do buraco na camada de ozônio.
Dentre as atividades desenvolvidas - vale ressaltar que ainda estamos desenvolvendo outras atividades sobre o mesmo tema - propus que os alunos analisassem a figura abaixo, refletissem sobre a mensagem da charge e escrevessem quais as consequências do buraco na camada de ozônio para o Planeta.

Analisando as várias discussões escritas por meus caros alunos, destaco nesta postagem duas colocações
em especial, que abordou de maneira geral o que foi pedido na atividade proposta:

"Os raios solares atravessam diretamente a Camada de Ozônio, que serve como protetor solar para o Planeta Terra, causando assim problemas sociais e ambientais à humanidade, ou seja, os seres vivos sofrem bastante com o calor imenso e o Planeta com o aquecimento global.
O buraco na camada de Ozônio se origina da mistura de gases maléficos na atmosfera, causando assim a destruição da mesma e deixando-a escassa da proteção do Planeta.
Com isso, surgem várias consequências prejudiciais, como o derretimento das geleiras e calotas polares, podendo ocorrer inundações e como as geleiras se caracteriza por água doce, é bastante provável o encontra da água doce com a água salgada do mar, trazendo portanto dificuldades e necessidades para todos os seres!" 
(Trecho escrito pela aluna Ketlin Cristina da Silva - 1º "A")

"O Planeta fica mais quente, as geleiras derretem fazendo com que a água doce se misturem com a água salgada dos mares.
Aumenta a incidência de câncer de pele pelos raios ultravioletas. O clima do Planeta muda ficando mais quente.
Entre outras consequências as árvores e plantas morrem com o aquecimento, as terras ficam áridas e secas, os alimentos vão acabando e com tudo isso os seres vão sendo prejudicados." 
(Trecho escrito pela aluna Kênia Mendes - 1º "A")


Vários alunos fizeram colocações muito interessantes, porém, estas foram as que mais me chamaram atenção, pela singeleza das palavras, coerência das frases, organização das ideias e destaque da dura realidade pela qual o Planeta vem passando nas últimas décadas.

Espero que gostem das colocações e fiquem à vontade para refletir e discutir sobre o tema aqui no blog.
Um abraço,
Francielle Pajola





sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aula Prática - Utilização de fungos na panificação

Caros leitores,
Há dias não alimento o blog com minhas postagens e feitos (estive doente essa semana, e utilizei minhas poucas forças para cumprir com outros compromissos), mas estou aqui para relatar uma experiência.
Meu intuito era mostrar aos meus alunos o quanto a Micologia está ligada à nossa realidade, e que os fungos, embora pareçam desinteressantes à primeira vista, contribuem de forma decisiva para a preservação da diversidade biológica do nosso planeta e estão presentes, de mil formas, no nosso cotidiano.
Uma das formas utilizadas na tentativa de mostrar esse universo foi demonstrando que o pão que comemos necessita de fungos - leveduras - que agem como fermento biológico.

(Saccharomyces cereviseae)

Considerando que a Escola não têm laboratórios, eu optei por realizar uma aula prática bem simples na sala de aula mesmo. Levei os ingredientes essenciais para a preparação de pães (açúcar, farinha, água e fermento biológico -  LEVEDURAS), pedi que os alunos seguissem os passos do roteiro que elaborei e observassem o que acontecia, discutindo posteriormente os resultados alcançados.

E, ilustrando nosso momento, algumas fotos dos meus caros alunos.

Aluna Pâmela (2º "A") preparando a massa:


Aluna Danielle Pires (2º "B") mostrando a massa pronta (não sei porque a foto está virada e não está parando desvirada):

Alunos do 2º "B" - da esquerda para a direta, Danielle Monteiro, Fernanda, Aline, Tatiele, Kárita (com o experimento nas mãos - acho que ficou meio apagado na foto), Larissa Abadia e Daniel.


 Alunos do 2º "B" - da esquerda para a direita: Adrielle, Aneliza, Danielle Pires (com o experimento nas mãos), Evandro, Letícia, Káren, Gabriel e Jonã


Alunos do 2º "A" - da direita para a esquerda: Aline, Roberto, Rafael Farias, Daiane, Jéssica, Pedro Henrique, Isabela (com o experimento nas mãos), Luísa Lico, Gabriela, Lucas e Paulo Henrique (atrás).



Alunos do 2º "A" - Leonardo, Watilla, Rafael Nolasco, Jéssica Aparecida e Fernanda (com o experimento nas mãos) - esse grupo tinha mais alunos que não quiseram aparecer na foto, e os que apareceram ficaram um pouco distraído por conta dos que não queriam aparecer, mas o que vale é a intenção!


As aulas tem duração de cinquenta minutos, não sendo suficientes para observar determinados aspectos da atuação dos fungos com os demais ingredientes utilizados na panificação, por este motivo, eu registrei a imagem abaixo para que todos possam observar o aspecto da massa após algumas horas.
Como pode ser observado, nós colocamos a massa numa placa de Petri para ficar mais fácil de visualizar, e como explicado, estes "buraquinhos" na massa é decorrente dos gás carbônico liberado no processo de fermentação das leveduras, que contribui para o crescimento da massa.


Aos alunos, espero que essa aula tenha contribuído com algo, esclarecido dúvidas, matado curiosidades e principalmente gerado conhecimento!
Um abraço,
Francielle Pajola

  

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Coevolução

A "coevolução" se trata de um processo evolutivo simultâneo no qual duas ou mais populações que interagem intimamente passam por adaptações onde cada uma delas age como uma força seletiva sobre a outra. Analisando alguns animais e plantas que desenvolveram interdependência, podemos notar nitidamente os processos coevolutivos. 
Pesquise exemplos de coevolução, leia, faça uma explanação e poste aqui, se possível anexe o link de referência para que todos possam ter acesso à fonte pesquisada.